Caravana de Lula é alvo de atentado a tiros no Paraná
Milícias
armadas e apoiadores de Bolsonaro têm perseguido a Caravana do ex-presidente; agressores não poupam nem mulheres e idosos.
A violência contra a Caravana do ex-presidente Lula pela região Sul ganhou contornos ainda mais graves nesta terça-feira (27). Pelo menos dois ônibus foram atingidos por tiros e tiveram a lataria perfurada. A notícia foi divulgada no começo da noite pelo site Brasil de Fato, que acompanha a Caravana em tempo real. Não há informação de feridos.
Por Anderson
Augusto Soares - Crítica21
27/03/2018
A violência contra a Caravana do ex-presidente Lula pela região Sul ganhou contornos ainda mais graves nesta terça-feira (27). Pelo menos dois ônibus foram atingidos por tiros e tiveram a lataria perfurada. A notícia foi divulgada no começo da noite pelo site Brasil de Fato, que acompanha a Caravana em tempo real. Não há informação de feridos.
Fotos: reprodução/Daniel Giovanaz (Brasil de Fato)
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A comitiva chegou no início da
noite no campus da Universidade Federal da Fronteira Sul na cidade de
Laranjeira do Sul, no Paraná. Segundo o Brasil de Fato, também
foram colocados pregos na estrada para furar os pneus dos ônibus da caravana, o
que de fato ocorreu com pelo menos um dos veículos.
Durante o evento com o
ex-presidente Lula à noite, a senadora Gleisi Hoffmann informou o ocorrido. “Nós
fomos vítimas de uma emboscada agora na estrada vindos para Laranjeiras do Sul,
um dos ônibus teve dois pneus furados e recebeu dois tiros”.
A senadora disse que o ônibus
transportava jornalistas, inclusive da imprensa internacional. Gleisi informou
que outro ônibus – que levava convidados - também foi atingido. A petista
destacou que, desde o Rio Grande do Sul, tem alertado as autoridades brasileiras sobre a atuação de grupos que têm
perseguido a Caravana.
‘Até morrer alguém?’
Gleice cobrou providências das autoridades
paranaenses e nacionais sobre a situação. “Vão ficar quietos até quando? Até morrer
alguém? Nós vamos precisar ter alguém morto nessa Caravana para provar o que
estamos dizendo, que estamos sendo vítimas de milícia armada?”
O ex-presidente Lula destacou
que as agressões de que tem sido alvo a Caravana faz lembrar táticas nazistas. “Se
eles acham que fazendo isso vão nos assustar, estão enganados. Vai nos motivar.
Não podemos permitir que depois do nazismo esses grupos fascistas possam fazer
o que quiser.”
Violência
Organizados por apoiadores de Jair Bolsonaro, os ataques à Caravana do
ex-presidente Lula começaram no Rio Grande do Sul, e a violência não poupou nem mulheres e idosos. Em Cruz
Alta-RS, a militante petista Deise Mirom levou socos e pontapés de agressores
anti-Lula e pró-Bolsonaro.
Em Chapecó (SC), um homem que visava acertar
Lula acertou o ex-deputado federal Paulo Frateschi com uma pedrada que lhe macerou a
orelha. Em Foz do Iguaçu (PR), um religioso de 64 anos - conhecido como Padre
Pastel – foi agredido com pedradas e teve o nariz quebrado depois de ser atingido no rosto por um homem de
moto.
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