Jogadora Marta é nomeada embaixadora da ONU Mulheres para o esporte
A
atleta vai trabalhar para combater a discriminação e ampliar oportunidades de
meninas e mulheres.
14/07/2018
Maior goleadora da seleção brasileira e considerada por
muitos como a melhor jogadora de futebol de todos os tempos, Marta Vieira da
Silva foi nomeada na última quinta-feira (12) embaixadora da Boa Vontade da ONU para meninas e mulheres no esporte. Seu trabalho será apoiar iniciativas pela igualdade de
gênero e empoderamento feminino em todo o mundo.
Marta é a jogadora que mais vezes ganhou a Bola de Ouro, da Fifa: foi eleita cinco vezes a melhor do mundo. Foto: Lucas Figueiredo/CBF em Fotos Públicas |
“Marta é um modelo excepcional para mulheres e meninas em
todo o mundo. Sua experiência de vida conta uma história poderosa do que pode
ser alcançado com determinação, talento e coragem. Estamos ansiosas para
trabalhar de perto com Marta para trazer o poder transformador do esporte para
mais mulheres e meninas, e para construir rapidamente a igualdade”, disse a
diretora-executiva da ONU Mulheres, Phumzile Mlambo-Ngcuka.
A Agenda 2030 da ONU para o Desenvolvimento Sustentável
definiu o roteiro para alcançar a igualdade de gênero e reconhece
explicitamente o esporte como um importante facilitador nesse processo.
“Estou totalmente comprometida em trabalhar com a ONU
Mulheres para garantir que mulheres e meninas em todo o mundo tenham as mesmas
oportunidades que homens e meninos têm para realizar seu potencial. Eu sei, a
partir da minha experiência de vida, que o esporte é uma ferramenta fantástica
para o empoderamento”, disse Marta.
“Em todo o mundo, hoje, as mulheres estão demonstrando
que podem ter sucesso em papéis e posições anteriormente mantidas para os
homens. A participação das mulheres no esporte e na atividade física não é
exceção”, completou.
Segundo a ONU, meninas e mulheres em todo o mundo ainda
têm menos oportunidades, menos investimento e enfrentam discriminação e até
assédio sexual nas diferentes modalidades esportivas. Quando conseguem se
tornar atletas profissionais, enfrentam uma grave diferença salarial.
Desigualdade
O total de premiações para a última Copa do Mundo
Feminina de Futebol, em 2015, foi de 15 milhões de dólares. Na Copa do Mundo do
Brasil, em 2014, os prêmios somaram 576 milhões de dólares. De acordo com o
relatório Global Sports Salaries Survey (GSSS), de 2017, entre os atletas de elite, as
mulheres ganham em média apenas 1% do que ganham os homens.
Campeã
Marta nasceu em Dois Riachos (AL) e cresceu em uma
família pobre do cerrado do Nordeste. Quatro vezes eleita a melhor jogadora do
mundo, ganhou a medalha de ouro nos jogos Pan-Americanos de 2003 e 2007, prata
nas Olimpíadas de 2004 e 2008 e é bicampeã sul-americana de 2003 e
2010. Marta também atuou como embaixadora da Boa Vontade do Programa das
Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
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