Hashtag contra Reforma da Previdência chega ao topo dos principais temas no Twitter
Lideranças políticas, intelectuais e
personalidades se manifestaram contra a PEC que aumenta a idade mínima de
aposentadoria e prejudica trabalhadores.
Após a proposta
de "reforma" da Previdência ser apresentada pelo
presidente Jair Bolsonaro nesta quarta-feira (20), a hashtag #ReajaOuSuaPrevidênciaAcaba ganhou
força nas redes sociais. Às 13h30, a campanha se tornou o assunto mais
comentado no Brasil no Twitter. Diversos usuários
se manifestaram contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que, entre
outros pontos, aumenta a idade mínima de aposentadoria para 62 anos, para mulheres, e 65 anos,
para homens.
Por Rede Brasil Atual
(RBA)
20/02/2019
Foto: Brasil de Fato |
O deputado federal
e líder do PT na Câmara dos Deputados Paulo Pimenta (RS) foi um dos críticos ao
projeto. "O que Bolsonaro trouxe hoje para a Câmara foi a proposta de destruição da previdência pública. Chamar o texto de
'reforma' é mais uma mentira do presidente mentiroso", publicou,
referindo-se também aos áudios vazados de Bolsonaro com Gustavo Bebianno.
Já a deputada
federal e presidenta do PT Gleisi Hoffmann (PR) diz que a iniciativa
não combate privilégios – como era prometido por Bolsonaro. "A situação de
quem entrar no mercado de trabalho no futuro pode ser pior ainda se o governo
implantar o sistema de capitalização previdenciária. A medida só agrada o
mercado financeiro", disse ela.
O coordenador
nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos
avaliou negativamente diversos pontos da "reforma", entre eles a
possibilidade de redução do valor da pensão por morte para menos de um
salário mínimo e o rebaixamento da aposentadoria por invalidez. Ele ainda
criticou a proposta de sistema de capitalização.
"Bolsonaro e
Paulo Guedes confirmam proposta de capitalização. Veremos os termos, mas a
ideia geral não é nada mais que entregar a Previdência aos bancos. O Chile fez
isso na ditadura de Pinochet e ostenta hoje o título de país com mais suicídios
de idosos acima de 80 anos", afirmou Boulos.
A deputada
federal Natália Bonavides (PT-RN) utilizou a hashtag para protestar
contra a proposta, que classifica como mais uma violência contra a mulher.
"A trabalhadora é a mais prejudicada pelo desmonte da previdência. O
aumento da idade mínima de 60 para 62 entre as urbanas, de 55 para 60 entre as
rurais, é mais uma forma brutal de violência contra a mulher que o atual
governo promove."
A PEC não inclui,
no texto principal, nenhum ponto relacionado à previdência dos militares.
A ausência também foi criticada nas redes sociais. "Se a reforma fosse boa
pro Brasil e os militares quisessem o bem do Brasil: fariam parte dessa
Reforma. Ou a reforma não é boa, ou os militares só pensam no próprio umbigo...
ou as duas coisas!", publicou o internauta Iuri.
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