Professor de Direito pede interdição de Jair Bolsonaro: ‘insanidade mental’
Ação movida destaca que o presidente "não
possui o necessário discernimento e equilíbrio mental para a vida política e o
cargo que ocupa".
Por Cida de Oliveira – RBA
Por Cida de Oliveira – RBA
06/09/2019
O advogado e professor de Direito Antonio
Carlos Fernandes, do Ceará, protocolou nesta sexta-feira (6), na 21ª Vara
Federal Cível do Distrito Federal, ação popular em que pede a interdição do
presidente Jair Bolsonaro (PSL). Na sua avaliação, Bolsonaro demonstra, a
cada dia, de forma notória, “não possuir o necessário discernimento e
equilíbrio mental para os atos da vida política imposta pelo alto cargo que
ocupa”.
Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil |
Na ação, o autor afirma que o ex-capitão do Exército
que atualmente ocupa a Presidência foi para a reserva por “insanidade mental”
há mais de 30 anos, e “parece não ter curado da doença mental” atestada. E
lista uma série de ações, discursos e posturas de Bolsonaro incompatíveis com
um político no uso de suas perfeitas faculdades mentais.
Lembra que o presidente “assusta a nação e afronta a
Constituição que jurou cumprir, com suas declarações que transitam da
escatologia à sandice, passando pela irresponsabilidade”. É o caso das
agressões às nações estrangeiras, como a Venezuela, a Argentina e o desrespeito
pessoal ao presidente francês Emmanuel
Macron e sua mulher, Brigitte Macron, e mais recentemente, à
ex-presidenta do Chile, Michele
Bachelet.
Por isso pede à Justiça que aplique punição por
interdição do presidente, que “determine a produção de prova pericial nomeando
uma equipe de expertos para atestar ou não a sanidade mental” e oficie o
Congresso Nacional para adoção das providências cabíveis para que a transição
temporária ou permanente ocorra com “absoluto respeito às normas
constitucionais e políticas do país.
Professor do Centro de Ciências Jurídicas da Universidade
de Fortaleza (Unifor) Fernandes ingressou com queixa-crime contra
Bolsonaro em julho, por crime racial e de injúria. Na ocasião, o povo
nordestino havia sido chamado pejorativamente de “paraíba” pelo presidente, em café da manhã com jornalistas.
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