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Para evitar 2º turno, Evo precisa abrir 1,3% de vantagem em região onde é favorito

Órgãos de imprensa, como a TeleSUR, deram a notícia da reeleição de Evo na segunda-feira à noite, porém ainda falta cerca de 3% dos votos para encerrar a apuração.

Por Crítica21 com informações do Brasil de Fato
23/10/2019

Com base na TREP (Transmissão de Resultados Eleitorais Parciais), o presidente da Bolívia, Evo Morales, comemorou os resultados preliminares ainda no domingo (20), dia da votação. Na noite de segunda-feira, depois de paralisação de quase 24 horas da TREP, foi divulgada nova parcial que confirmou a vitória do atual presidente, faltando ainda 4% das urnas para serem apuradas. O resultado apontava 46,87% contra 36,72% de Carlos Mesa, o principal adversário de Evo. 

Evo celebrou a vitória no domingo, mas ainda há incerteza sobre se haverá ou não segundo turno. 
Foto: ABI em Fotos Públicas 

Como o socialista obteve mais de 40% dos votos e uma diferença superior a 10% para o segundo colocado, foi considerado vencedor da primeira volta sem a necessidade de um segundo turno, tendo em vista que as urnas restantes são da zona rural, onde Evo é favorito. Daí a comemoração do socialista e a divulgação de sua vitória  - e reeleição - no primeiro turno por órgãos da imprensa, como a TeleSUR.

Mas a oposição contesta o resultado e o candidato Carlos Mesa convocou manifestações, sob alegação de fraude. Por sua vez, Evo Morales disse, na manhã desta quarta-feira (23), que está em curso no país um golpe de Estado com apoio internacional.  

Segundo o Valor Econômico, a OEA (Organização dos Estados Americanos) afirmou que o presidente Evo Morales não pode ainda se declarar vencedor do pleito, já que a contagem de votos não encerrou. A apuração continua de forma lenta. Pela contagem manual, segundo matéria publicada na manhã desta quarta-feira pelo Brasil de Fato, mais de 96% das urnas foram apuradas. Evo Morales segue na dianteira, com 46,03% dos votos e o segundo lugar, Carlos Mesa, tem 37,35%.

Dessa forma, com pouco mais de 3% de urnas faltantes, o socialista precisar tirar 1,32 ponto percentual para ganhar em primeiro turno e evitar a segunda volta em 15 de dezembro. Apoiadores do governo estão esperançosos, já que as urnas faltantes são da zona rural, onde moram camponeses e indígenas, históricos partidários de Evo.

Auditoria das urnas
Frente aos ataques de opositores sobre uma possível fraude eleitoral, o governo da Bolívia solicitou nessa terça-feira (22) que a OEA realize uma "auditoria especial" da apuração dos votos. 

"Entregamos a nota oficial ao secretário da OEA, Luis Almagro, em Washington. Estamos solicitando que seja realizada uma auditoria especial, uma verificação de uma a uma das listas de votação do último 20 de outubro", anunciou o chanceler boliviano, Diego Pary. A OEA aceitou o pedido ainda na terça-feira, segundo o El País.

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