Greenpeace protesta em frente ao Palácio do Planalto com “praia suja de óleo”
Manifestação
contra política antiambiental de Bolsonaro e Salles repudiou também a
negligência em relação às queimadas na Amazônia e no Cerrado.
Por RBA
23/10/2019
Ativistas do Greenpeace protestaram nesta quarta-feira (23), em Brasília, contra a negligência do governo de Jair
Bolsonaro (PSL) em relação ao maior desastre ambiental no litoral brasileiro, o
derramamento de óleo cru que se espalha pela costa dos nove estados do
Nordeste.
Foto: Gabriel Paiva em Fotos Públicas |
Até
agora, o Ministério do Meio Ambiente desconhece as origens do óleo que desde
agosto avança sobre o oceano, atingindo diversas praias da região. Tampouco tem
adotado medidas efetivas para barrar seu avanço, a contaminação e pela limpeza
das águas e das areias.
Para
chamar atenção, os ativistas reproduziram o cenário desolador de uma praia
tomada pelo óleo e
trouxeram muitos troncos, simbolizando as florestas. Os manifestantes
também levaram troncos para lembrar as queimadas na
Floresta Amazônica e no Cerrado, as maiores da história, motivadas pelo
discurso do governo, e que ainda não foram totalmente controladas.
“Enquanto
o óleo se espalha, o governo Bolsonaro segue realizando leilões e
oferecendo mais de dois mil blocos de petróleo em diversas áreas sensíveis
social e ambientalmente, da costa brasileira à floresta amazônica”, disse
Thiago Almeida, da campanha de Clima e Energia do Greenpeace Brasil. “Vivemos
uma emergência climática, precisamos abandonar os combustíveis fósseis e
acelerar a transição para uma matriz energética 100% limpa e renovável”.
Ainda
segundo a organização, a demora em combater e mitigar o maior desastre de
petróleo do país em extensão prova que o governo federal não está
preparado para responder a derramamentos como esse, deixando nossos oceanos
ainda mais ameaçados.
Apesar
de o governo federal não ter apresentado nenhum plano para frear o desastre ambiental, Salles recentemente provocou o Greenpeace. Usou seu
Twitter para dizer que a organização não “somou” na limpeza das praias –
lideradas por moradores das regiões afetadas.
Em
resposta, o Greenpeace disse que “no lugar de agir de forma
concreta, o ministro prefere culpar ONGs”. A entidade diz que a publicação do
chefe da pasta é mentirosa e serve para desviar a atenção da inação e
incompetência do governo federal.
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