DiCaprio rebate fake news de Bolsonaro sobre queimadas na Amazônia
Em comunicado, ator afirmou que o futuro dos ecossistemas
está em jogo e que tem "orgulho de estar ao lado dos grupos que os
protegem".
DiCaprio elogiou “o povo brasileiro que trabalha para salvar sua herança cultural e natural” e afirmou que “o futuro destes ecossistemas insubstituíveis está em jogo”, dizendo ainda ter “orgulho de estar ao lado dos grupos que os protegem”.
Por RBA
30/11/2019
O ator Leonardo DiCaprio rebateu a acusação sem provas
feita pelo presidente Jair Bolsonaro de que estaria colaborando com as
queimadas na Amazônia. Em comunicado divulgado às agências Associated
Press e Reuters, ele disse que “apesar de merecerem
apoio, nós não financiamos as organizações”.
DiCaprio no Festival de Cannes, em 2019. Foto: Georges Biard/CC BY-SA 3.0/em Wikipédia |
DiCaprio elogiou “o povo brasileiro que trabalha para salvar sua herança cultural e natural” e afirmou que “o futuro destes ecossistemas insubstituíveis está em jogo”, dizendo ainda ter “orgulho de estar ao lado dos grupos que os protegem”.
Bolsonaro fez a declaração sobre o ator ao sair do
Palácio da Alvorada na sexta-feira (29). “Quando eu falei que há suspeitas de
ONGs, o que a imprensa fez comigo? Agora, o Leonardo DiCaprio é um cara legal,
não é? Dando dinheiro para tacar fogo na Amazônia”, falou à imprensa.
Antes, Bolsonaro havia feito referência a DiCaprio por
meio de transmissão via Facebook. “O pessoal da ONG, o que eles fizeram? O que
é mais fácil? Botar fogo no mato. Tira foto, filma, a ONG faz campanha contra o
Brasil, entra em contato com o Leonardo DiCaprio, e o Leonardo DiCaprio doa 500
mil dólares para essa ONG. Uma parte foi para o pessoal que estava tocando
fogo, tá certo? Leonardo DiCaprio tá colaborando aí com a queimada na Amazônia,
assim não dá.”
Ao falar do “pessoal da ONG”, o presidente se referia aos
quatro brigadistas do projeto Saúde e Alegria, presos de forma arbitrária na
região de Alter do Chão, no Pará, e apontados pela Polícia Civil do estado como
suspeitos de atear fogo na floresta para obter doações. Contudo, segundo o
Ministério Público não há indícios do envolvimento deles e os investigados
principais são grileiros da região.
Após a repercussão negativa, o governador Elder Barbalho
(MDB) afastou o chefe da investigação, delegado Fabio Amaral, e a Justiça
mandou que os brigadistas fossem libertados.
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