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10 livros escritos por mulheres para ler na quarentena

Integram a lista textos autobiográficos, estudos de gênero e romances de autoras brasileiras e estrangeiras.

Por Luisa Toller e Suzana Rodrigues 
Revista AzMina
19/04/2020

Quem puder, deve ficar em casa, pois a quarentena ainda deve se alongar por mais um tempo. Então organizamos uma lista de livros escritos por mulheres para você, quarentener, se conectar a outras histórias.

Foto: Nicole Wolf/Unsplash

Biografias, estudos de gênero, romances. Tem livros para todos os gostos, para a quarentena – e além. Livros para quem quer apenas passar o tempo ou estudar mais sobre os mais diversos assuntos. 

1. Pós-F: Para além do masculino e feminino – Fernanda Young
Com textos autobiográficos, a autora (que faleceu em 2019) entra no debate sobre o que significa ser mulher e o que significa ser homem. O livro é ilustrado com desenhos da autora e oferece sua visão de mundo na tentativa de superar polarizações e construir algo maior, em que caibam todos os gêneros.

Foto: Editora LeYa Brasil/divulgação

2. Vozes Insurgentes de Mulheres Negras – Bianca Santana
Esse livro é uma espécie de genealogia do pensamento de mulheres negras e do feminismo negro brasileiro.  Apesar do silenciamento histórico imposto primeiro pela escravidão, e posteriormente pelo racismo, o sexismo e desigualdade social, pensadoras negras nunca deixaram de produzir e publicar.

Mulheres como Carolina Maria de Jesus, que fez literatura apesar de tudo jogar contra, e Conceição Evaristo, com suas escrevivências – escrita que nasce do cotidiano, das lembranças, da experiência de vida. O livro está disponível para download no site da Fundação Rosa Luxemburgo.

Foto: Mazza Edições/Fundação Rosa Luxemburgo/divulgação

3. Outros jeitos de usar a boca – Rupi Kaur
Nesse best seller, a autora conta dos momentos mais amargos da sua vida, mas encontra uma maneira de tirar delicadeza deles – um bom exercício para esse momento difícil, não? Ela conta em formato de poesia sobre experiências de violência, abuso, amor, perda e a feminilidade. 

Foto: Editora Planeta/divulgação

4. A garota da banda – Kim Gordon
O livro é uma autobiografia da fundadora e ex-vocalista da banda Sonic Youth, Kim Gordon. A autora começa o livro pelo fim, contanto o divórcio e o fim da banda. Ela aborda diversos assuntos ao longo do livro como música, casamento, maternidade, feminismo e a paixão pelas artes visuais. 

Foto: Fábrica231/divulgação

5. Gênero: uma categoria útil de análise histórica – Joan Scott
A professora de Princeton entende gênero como um saber sobre as diferenças sexuais. E, havendo uma relação inseparável entre saber e poder, gênero estaria entrelaçado nas relações de poder, sendo, nas suas palavras, uma primeira forma de dar sentido a estas relações. (Leia o livro em português aqui)

6. Memórias de uma moça bem-comportada – Simone de Beauvoir
Esse livro é uma autobiografia que conta sobre a infância e a juventude da autora. Sua paixão pela literatura e filosofia, assim como sua infância religiosa, são contadas a partir das memórias de Simone. Essa é a primeira parte da obra autobiográfica de um dos principais ícones do feminismo, a que se seguiram A Força da Idade, A Força das Coisas e Tudo Dito e Feito.

Foto: Editora Nova Fronteira/divulgação

7. Mulher livre – Ana Carolina Lorente, Fernanda Cordeiro, Letícia Gomes, Luiza Gil Enumo 
O livro traz a história de quatro mulheres sobreviventes da violência doméstica. Elas contam como foram seus caminhos e processos de superação e empoderamento. O livro marcou os 10 anos da Lei Maria da Penha, em 2016, que é referência mundial no combate à violência contra mulher. 

Foto: divulgação

8. Vulgo grace – Margaret Atwood
Da mesma autora de O conto da aia, esse romance conta a trajetória de Grace Marks, uma criada condenada à prisão perpétua por ter ajudado a assassinar o patrão e a governanta da casa onde trabalhava. Seu bom comportamento por onde passou intriga e gera vários questionamentos: teria sido enganada pelo patrão? Acometida de um acesso de raiva? Condenada injustamente? Respostas que a autora sabe guardar bem até o fim do livro.

Foto: Editora Rocco/divulgação

9. Origens do Totalitarismo – Hannah Arendt
Em tempos de quarentena, as notícias sobre medidas extremas para quem não respeitar a quarentena (tipo prisão) assustam e lembram regimes políticos totalitários. Nesse clássico, Arendt examina as origens históricas e as características políticas comuns dos principais regimes totalitários do século 20, como o nazismo e o stalinismo.

Foto: Companhia de Bolso/divulgação

10. Mrs. Dalloway – Virginia Woolf
Um romance que se passa na época de 1923, recheado de encontros e surpresas, ele conta a história de Clarissa, esposa de um membro do Parlamento britânico, a partir do momento que ela sai para comprar flores para a festa que vai acontecer em sua casa. Nela, vão se cruzar pessoas de suas atuais relações e de seu passado, entre elas paixões antigas.


Foto: Companhia das Letras/divulgação

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