Bolsonaro e Carlinhos Maia se unem e criam a Fundação Amigos do Coronavírus
Entidade virulantrópica tem como objetivo espalhar o novo vírus por todo o país, de forma equânime e democrática; grupo luta contra a vacina, contra as máscaras e contra o comunismo.
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| Bolsonaro e Carlinhos são os fundadores da FAC-19. Fotos: Marcos Corrêa/PR - Reprodução/Instagram |
Com mais de sete milhões de contaminados e quase 200 mil mortes por Covid-19, o Brasil caminha a passos largos para aumentar exponencialmente esses números. E o novo coronavírus conta com aliados ilustres e que estão engajados na proliferação da doença. Esses ativistas se uniram e criaram a Fundação Amigos do Coronavírus (FAC-19).
O anúncio da nova entidade foi feito neste sábado (26). A ideia surgiu após o influencer Carlinhos Maia ter dado uma festa no último dia 19, em plena pandemia de Covid-19, e que resultou em pelo menos 47 infectados. Carlinhos foi duramente criticado nas redes sociais e, em resposta, ligou para Jair Bolsonaro falando da ideia de criar a FAC-19.
O presidente - conhecido internacionalmente por sua militância a favor do vírus - adorou a iniciativa e disse sem pestanejar: “Tô dentro, tá ok? E quem não tiver é marica! Kkkkkk”. Informado por sua assessoria que Carlinhos era homossexual e casado com um homem, Bolsonaro desconversou: “mas não é militante gay, é patriota. Estamos juntos”.
Em seguida, o ativista ligou para a blogueira Gabriela Pugliesi, que foi uma das primeiras celebridades a impulsionar o corona no país. Pugliesi, porém, recusou o convite porque disse estar engajada na criação da FAEC - Fundação Arrependidos de Espalhar o Corona, entidade que congrega influencers que perderam patrocinadores e seguidores por sua atuação pró-Covid.
Apesar da negativa de Pugliesi, Carlinhos e Bolsonaro (que tem se engajado na captação de associados) conseguiram arregimentar para a FAC-19 figuras consagradas como Luciano Hang, Ratinho, Silas Malafaia, Olavo de Carvalho, Edir Macedo e Silvio Santos.
As
bandeiras da FAC-19
Em entrevista exclusiva ao Crítica21, Carlinhos Maia afirmou que entre as bandeiras do grupo estão lutar pela não obrigatoriedade da vacina e contra a vacina chinesa; mostrar que não é necessário o uso de máscaras; lutar pela liberdade de fazer festas na pandemia; e lutar contra o comunismo. Sobre este último tópico, Carlinhos disse que foi um pedido do presidente Bolsonaro.
“Importante lembrar que nossa entidade tem caráter virulantrópico e tem como objetivo espalhar o novo vírus por todo o país, de forma equânime e democrática, conforme prevê nosso estatuto”, ressaltou o ativista da FAC-19.
Sobre as críticas que tem recebido nas redes sociais de influenciadores como Felipe Castanhari, Rafinha Bastos e Felipe Neto, Carlinhos Maia embargou a voz e, em tom de choro, se limitou a dizer: “Inveja do meu sucesso. Eles não sabem o quanto eu batalhei pra estar aqui”.
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