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Pandemia atrasa reconhecimento do forró como patrimônio brasileiro

Pesquisa de campo seria feita este ano para elaboração de um dossiê – etapa de conclusão do processo junto ao Iphan. 

Por Lígia Souto – Radioagência Nacional
21/12/2020

O forró caminhava a passos largos para se tornar patrimônio cultural imaterial do Brasil. Mas a pandemia do novo coronavírus acabou adiando a salvaguarda de um dos mais autênticos gêneros musicais nordestinos. 

Segundo a coordenadora de Registro do departamento de patrimônio imaterial do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), Marina Lacerda, para a conclusão do processo é necessário um procedimento técnico que consiste na elaboração do Dossiê das Matrizes Tradicionais do Forró. O dossiê, por sua vez, depende de uma pesquisa de campo, que acabou não acontecendo este ano por causa do novo coronavírus. 

Grupo típico de forró com acordeão, triângulo e zabumba. Foto: Carlos Ebert/via Wikipédia

A primeira solicitação de Registro das Matrizes Tradicionais do Forró como Patrimônio Cultural junto ao Iphan foi protocolada oficialmente em 2011 pela Associação Cultural Balaio Nordeste. A presidente da instituição paraibana, Joana Alves, conta que, nesses quase 10 anos, inúmeras articulações no âmbito estadual e nacional foram feitas para fortalecer e valorizar o gênero musical. Com tantas ações já realizadas, Joana espera que o registro seja concluído em 2022. 

Apesar do atraso causado pela pandemia de Covid-19, assim como Joana Alves, a coordenadora do Iphan também é otimista em relação ao processo de reconhecimento do forró como patrimônio imaterial do Brasil.

Para que uma expressão cultural seja registrada pelo Iphan é preciso que ela tenha relevância para a memória nacional. Considerado um dos mais legítimos estilos musicais do país, o forró se tornou símbolo da cultura brasileira.

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