Bolsonaro libera R$ 3 bilhões a parlamentares para ‘agradar’ Centrão; cargos também são oferecidos
Presidente usa dinheiro público para comprar apoio no Congresso às vésperas das eleições para presidente da Câmara e do Senado.
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| Lira e Bolsonaro estão sintonizados para a eleição na Câmara. Foto: reprodução/Facebook - Arthur Lira |
Jair Bolsonaro está apostando todas as fichas para eleger seus candidatos a presidente na Câmara dos Deputados e no Senado. Segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo desta quinta-feira (28), o presidente liberou R$ 3 bilhões em recursos extraordinários do Orçamento para 250 deputados e 35 senadores aplicarem em suas regiões.
O ato ocorre às vésperas da eleição para as duas Casas e mostra que o presidente, de fato, está interferindo nas disputas, como ele mesmo confessou nesta semana. “Vamos, se Deus quiser, participar, influir na presidência da Câmara”, disse o neofascista, após encontro com parlamentares do PSL. O candidato que Bolsonaro apoia a presidente da Câmara é Arthur Lira (PP-AL), e ao Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG).
De acordo com a reportagem do Estadão, uma planilha interna de controle de verbas, até então sigilosa, mostra os nomes dos contemplados com recursos "extras", além das emendas parlamentares. Para efeito de comparação, em todo o ano de 2020 o governo federal empenhou R$ 3,9 bilhões em emendas para a área da atenção básica da saúde pública.
Cargos
No ‘toma lá, dá cá’ de Bolsonaro a oferta de cargos também está no jogo. Segundo matéria da CNN, caso Lira vença a disputa, os partidos que o apoiaram já têm reunião marcada com o presidente para cobrar o cumprimento dos acordos. A informação é da âncora da CNN, Daniela Lima.
Segundo a jornalista, partidos do Centrão vão se reunir com Bolsonaro no dia seguinte à eleição no Congresso para discutir a distribuição de cargos para as siglas e a tendência é que isso desencadeie uma reforma ministerial, conforme já havia sinalizado o vice-presidente Hamilton Mourão.
Edição: Anderson Augusto de Zottis - Crítica21 (com informações d'O Estado de S. Paulo e da CNN)
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