Lula vence Bolsonaro no 2º turno e tem a avaliação mais positiva entre presidentes pós-ditadura, aponta Atlas Político
No levantamento, o petista venceria Bolsonaro por 40,9% a 37,8%; Haddad e Ciro Gomes também derrotariam o atual presidente.
Fotos: Ricardo Stuckert/via Facebook - Lula/Marcos Corrêa/PR/via Fotos Públicas |
Mesmo com mídia diária, máquina pública e enxurrada de fake news, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) perderia para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em um segundo turno nas eleições de 2022. Além disso, o petista segue sendo o presidente com melhor avaliação a partir de José Sarney, que assumiu a Presidência em 1985, depois da ditadura militar.
É o que mostra pesquisa da consultoria Atlas Político, divulgada nesta sexta-feira (29) pelo El País. No levantamento, o petista venceria Bolsonaro por 40,9% a 37,8%. Nesse cenário, os que votariam branco/nulo ou que não souberam responder somam 21,3%.
O neofascista perderia também para o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, do PT (42% x 38%), e para Ciro Gomes, do PDT (41,1% x 38,9%). Nesses dois cenários, 20,0% seriam nulos, brancos ou não saberiam responder. Contra Sergio Moro, o ex-juiz venceria por 34,0% x 33,6%, mas a rejeição alta dos dois concorrentes aumenta para 32,4 o percentual dos que votariam em branco, nulo ou que não saberiam responder.
Outro que venceria o atual mandatário por margem bem estreita é o ex-ministro da Saúde do Governo Bolsonaro, Luiz Henrique Mandetta, do DEM (39,9% a 39,6%), com 20,5% de branco/nulo/não soube responder.
Quem
Bolsonaro vence
De acordo com a pesquisa, Bolsonaro sairia vencedor contra a ex-ministra do Meio Ambiente e ex-senadora Marina Silva (Rede) por 37,1% x 34,8%, e 28,1% votariam em branco/nulo/não soube responder. Bolsonaro também venceria o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa por 36,1% a 32,2%, e 31,7% não dariam seus votos ou não souberam responder.
Os dados mostram que Bolsonaro teria mais vantagem sobre o governador de São Paulo, João Dória (PSDB), e sobre o apresentador da TV Globo, Luciano Huck (sem partido). Contra Dória, o atual presidente venceria por 39,3% x 34,3%, com 26,4% de voto branco/nulo/não soube responder. Já contra Huck, a vitória bolsonarista seria por 39,4% x 34,1% (26,5 seria o percentual de voto branco/nulo/não soube responder).
‘Conjunto
da obra’
Na mesma pesquisa, o instituto perguntou a avaliação dos entrevistados sobre o “conjunto da obra” dos presidentes da República desde José Sarney (1985 – 1990), incluindo Bolsonaro (2019 até agora). Lula (2003 – 2010) foi o que teve melhor desempenho, com 43% de avaliação positiva.
O segundo melhor avaliado foi Fernando Henrique Cardoso (1995 – 2002), com 37%. Na sequência, vem Bolsonaro (36%), seguido por Dilma Rousseff (2011 – 2016), com 28%, Sarney (17%) e Collor (1990 – 1992), com 7%.
O levantamento foi feito entre os dias 20 e 24 de janeiro e entrevistou 3.073 pessoas por meio de questionários randômicos respondidos pela internet e calibrados por algoritmo. A margem de erro é de 2% para mais ou para menos. Entre os institutos de pesquisa eleitoral, o Atlas Político foi o que mais se aproximou dos resultados nas eleições de 2020.
Edição: Anderson Augusto de Zottis – Crítica21 (com informações do El País)
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