Gasolina mais cara da história faz da prévia da inflação de abril a mais alta desde 1995
IPCA-15 chega a 1,73% puxado por alta dos combustíveis e acumula 12% em 12 meses.
Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil |
A inflação do país deve fechar o mês de abril entre as maiores já registradas desde a implantação do Plano Real, em 1994. A prévia do índice oficial de aumento de preços divulgado nesta quarta-feira (27) foi o maior para o mês desde 1995, puxada pela gasolina. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) de abril ficou em 1,73%.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que calcula o percentual, comparou preços coletados entre 17 de março e 13 de abril com os preços vigentes entre 12 de fevereiro e 16 de março. Na comparação entre os preços coletados entre meados de março a meados de abril do ano passado, o aumento chega a 12,03%.
Segundo o IBGE, dos nove grupos de produtos incluídos na pesquisa de preços, oito tiveram aumento. O maior ocorreu no grupo de transportes (3,43% de aumento em cerca de 30 dias), puxado pelo aumento dos combustíveis (7,54% de aumento).
Só a gasolina, segundo o IBGE, subiu 7,51% de meados de fevereiro e março para meados de março e abril. Entre os últimos dias 17 e 23, aliás, o preço do combustível atingiu seu maior valor médio nacional da história.
Segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP), o litro da gasolina comum no Brasil custa em média R$ 7,27. Esse é o maior valor já registrado em pesquisas semanais realizadas pela agência desde 2004. De acordo com a ANP, há gasolina vendida a até R$ 8,599 no país.
O IBGE informou nesta quarta que os produtos do grupo alimentos e bebidas pesquisados para cálculo do IPCA-15 de abril subiram, em média, 2,25%. Destacam-se o aumento do tomate (26,17%), do leite longa vida (12,21%), da cenoura (15,02%), do óleo de soja (11,47%), da batata-inglesa (9,86%) e do pão francês (4,36%).
Produtos do grupo habitação subiram 1,73%, puxados pelo aumento do botijão de gás, que subiu 8,09%, segundo o IBGE. O aumento tem relação com reajuste de 16% do preço do gás vendido pela Petrobras às distribuidoras, anunciado em 10 de março.
Edição: Vivian Virissimo – Brasil de Fato
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