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Zelensky destruiu a Ucrânia e a atirou 'no fogo da guerra', diz político do país

A Ucrânia, em seu estado atual, não é independente ou soberano, pois está sob controle externo total do Ocidente - os EUA e o Reino Unido desde 2014, afirma Viktor Medvedchuk.

Viktor Medvedchuk chegou a ser preso pelo regime ucraniano. Foto: Sputnik/Stringer

30/01/2023

Um dos mais proeminentes políticos da oposição ucraniana, Viktor Medvedchuk não poupa o vocabulário ao falar do atual líder do regime da Ucrânia, Vladimir Zelensky, cuja política ele tacha, sem pestanejar, de "neonazista". Em entrevista exclusiva à RT, acusa o presidente de desrespeitar a democracia e as leis do país, que rotula de "destruídos". 

Preso em abril passado, sua foto em que aparece algemado pelo Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU, na sigla em ucraniano) circulou como um "troféu" entre os canais oficiais ucranianos. Seus bens e os de sua mulher, Oksana Marchenko, foram confiscados pelo governo do país. 

Seu destino, acreditava-se, era incerto. Até que foi surpreendido com a negociação que o libertou, em uma troca de prisioneiros entre Rússia e Ucrânia no contexto da operação militar especial, no fim do de setembro. Desde então vive na Rússia com status vago, já que foi privado de sua cidadania ucraniana. 

Tece críticas de forma contumaz contra Zelensky, cuja ideologia, ele alerta, precisa ser "destruída". Não sabe, entretanto, que fim o líder do regime ucraniano terá. 

"Seu destino é desconhecido para mim. Mas devo dizer que adoraria vê-lo responder por tudo o que fez à Ucrânia e ao seu povo. Ele destruiu o país. Ele o atirou no fogo da guerra. Isso é culpa dele. Gostaria de relembrar o que muitos esquecem hoje em dia, infelizmente. Sobre o que aconteceu pouco antes de 24 de fevereiro [de 2022, dia do início da operação]. Eu estava dando muitas entrevistas e falava sobre isso também. Sobre a necessidade de evitar a guerra, de fazer de tudo para evitá-la. Zelensky poderia fazer alguma coisa? Tenho certeza: ele poderia. E, além disso, ele tinha que fazer. Ele tinha que seguir os Acordos de Minsk. Você ouviu as revelações de [Angela] Merkel [ex-chanceler alemã] e [François] Hollande [ex-presidente francês]. E até [o ex-presidente ucraniano Petr] Poroshenko está tentando entrar no jogo [...]. Precisamos destruir a ideologia de Zelensky. Ele acha que a Ucrânia está unida e todos o apoiam, [apoiam] a guerra e não há ninguém que queira a paz ou um futuro diferente, enquanto nós acreditamos que essas pessoas existem e também são ucranianas. Elas têm o direito de falar o que pensam. Elas têm o direito de falar e ser ouvidas." 

Eleito quatro vezes deputado pelo povo ucraniano, Medvedchuk é advogado e atuava na macropolítica do país desde 1997, quando foi eleito para o Parlamento pela primeira vez. No ano seguinte, tornou-se vice-presidente da Suprema Rada, parlamento unicameral da Ucrânia. No período de 2002 a 2005, Medvedchuk trabalhou como chefe da administração do presidente da Ucrânia Leonid Kuchma. 

Foi um dos ferrenhos adversários do Euromaidan (que pregava uma "revolução" violenta por parte de grupos de extrema-direita, nacionalistas e neonazistas), contra o qual entrou em oposição aberta em 2014, tornando-se um perseguido político por confrontar o regime ucraniano. Após um período de silêncio, publicou um artigo na semana passada sobre a atual situação da Ucrânia e os eventos que levaram o país até a condição atual. 

Veja a seguir os principais trechos da entrevista concedida à emissora russa RT. 

A perseguição política por ser adversário de Zelensky 

Medvedchuk demonstra gratidão pelo auxílio dado pelos líderes russos na sua libertação e extradição. 

"Sou muito grato à liderança da Rússia por essa troca — eles ajudaram a mim e à minha família. Foi um momento muito difícil na minha vida e na vida da minha família. Sou grato por não ter passado pelo que poderia ter passado na Ucrânia. Por causa dos processos criminais que foram forjados contra mim entre 2019 e 2020, eu teria sido condenado a 15 anos de prisão — foi o que me disseram, e acredito que o teriam feito, mesmo que não houvesse fundamento legal para a acusação." 

Ele narra a perseguição política perpetrada por Zelensky devido ao fato de se opor às diretrizes do atual regime ucraniano. Afirma, no entanto, que segue lutando pelos direitos dos ucranianos. 

"Meu status atual não é uma questão simples. Sou cidadão da Ucrânia. Eu até tenho um passaporte ucraniano. No entanto Zelensky está determinado a me destruir como político da oposição em sua luta intransigente contra mim. Em primeiro lugar, ele emitiu uma ordem para continuar os litígios e as investigações sobre processos criminais contra mim. Meus advogados estão defendendo meus interesses na Ucrânia. Em segundo lugar, ele fez um movimento imprudente, ou mesmo louco, para tirar minha cidadania com base na suspeita de que eu tinha cidadania russa. Nunca tive cidadania russa. E não precisava, porque sou um político ucraniano, sempre fui. Não fui embora, não desisti. 

Continuei lutando, mesmo em prisão domiciliar. Continuei lutando, mesmo depois da soltura por conta da troca, nestes três meses de longo silêncio. Eu não chamaria isso de silêncio. Tem sido um esforço sistêmico para ajudar não apenas os ucranianos, mas também beneficiar os interesses dos cidadãos ucranianos e russos, nas circunstâncias atuais e em meio às hostilidades, em meio a milhares de vítimas, em meio à destruição de infraestrutura [...]. Acredito que é uma violação direta da Constituição me privar de minha cidadania ucraniana. E não é apenas minha opinião. É impossível privar um cidadão da Ucrânia de sua cidadania, exceto por um pedido voluntário. Contradiz não apenas a Constituição, mas também contradiz uma convenção internacional, que proíbe fazê-lo se uma pessoa se tornar apátrida." 

A Ucrânia aderiu a essa convenção internacional, explica ele. Apesar disso, Zelensky continua seus esforços para esmagar um oponente político por meio de repressão política e processo criminal que Medvedchuk situa como ilegal. 

"É um objetivo que ele [Zelensky] estabeleceu para si mesmo e está se esforçando para alcançar. Não mudei de opinião nem mesmo sob custódia do Serviço de Segurança da Ucrânia, onde passei seis meses. Então continuo lutando. E hoje quero expressar a opinião de uma Ucrânia diferente, uma opinião sobre a qual algumas pessoas se calam, outras têm medo de expressar. Quero que essa voz seja ouvida em alto e bom som na Rússia, na Ucrânia e no Ocidente. Há pessoas que representam uma Ucrânia diferente. Não a Ucrânia governada por discípulos de [Stepan] Bandera [colaborador de Adolf Hitler que foi responsável por dois batalhões da SS, organização paramilitar da Alemanha nazista]. A outra Ucrânia, que nada tem a ver com as declarações e a política neonazista de Zelensky." 

Inauguração de monumento, na Ucrânia, em homenagem a Stepan Bandera, líder nazista que apoiou Hitler. Foto: Sputnik/Miroslav Luzhetsky

Ucrânia: 'campo de testes' do Ocidente para confrontar a Rússia 

Medvedchuk tece críticas contundentes ao Ocidente por usar a Ucrânia e os ucranianos como "ponto avançado" para o conflito com a Rússia. Garante, também, que muitos ucranianos que residem no país se opõem ao regime imposto por Zelensky, mas que se calam temendo represálias. 

"Enquanto a guerra está sendo travada na Ucrânia, essa guerra não é para a Ucrânia, mas para os interesses do Ocidente, dos EUA, do Reino Unido e de muitos outros países, que estão brigando com a Rússia. Eles fizeram da Ucrânia, por meio do governo de Zelensky, uma espécie de campo de testes ou um posto avançado em seu confronto com a Rússia. E então passei todos esses meses reunindo uma equipe novamente. Muitas pessoas vieram de Kiev. Muitas pessoas estão fora da Ucrânia — na Rússia, Europa, Turquia. Eles estão prontos para continuar a lutar e ter uma palavra a dizer. Isso é exatamente o que eu expus no meu artigo. Defendi a voz de outra Ucrânia para ser ouvida na Rússia, na Ucrânia e no Ocidente. E sabemos com certeza que existe essa outra Ucrânia. 

Zelensky afirma representar uma nação unida, mas isso é um mito inventado do nada. Essa unidade foi construída graças às baionetas. Ele representa a Ucrânia alegando que o povo ucraniano se uniu e se manteve forte em termos de narrativa antirrussa e da russofobia idiota. Isso não é verdade. Para além do 'anti-Rússia', há pessoas na Ucrânia que têm medo de falar sobre isso publicamente, mas nunca apoiaram a natureza e o conteúdo da relação entre a Ucrânia e a Rússia que surgiu hoje. Essas pessoas são ucranianas. Tal como eu. Há pessoas que são contra as políticas de Zelensky. Essa outra Ucrânia deve ser ouvida." 

Estado 'inexistente' devido a políticas baseadas no 'neonazismo adotado por Zelensky' 

Para defender essa ideia, Medvedchuk cita dados atuais de uma economia que classifica como "em frangalhos". Segundo ele, atualmente o PIB ucraniano caiu mais de 30%. Para colocar em perspectiva, ele afirma que durante a crise econômica mundial de 2008–2009 caiu 14%. E foi restaurado em 2013. 

Ainda assim, os líderes do governo atual não conseguiram atingir os números de 2013, mesmo de 2019 a 2021. A produção industrial caiu 70%. O desemprego está em 35%, o que equivale a cerca de 5 milhões a 60 milhões de postos de trabalho, prossegue o político. 

A agricultura e a indústria estão em declínio, assim como os preços estão crescendo. Isso tudo significa que nenhum programa social pode ser implementado com sucesso, argumenta. 

"Saímos da Ucrânia, é verdade", diz ele sobre os opositores de Zelensky que deixaram o país. "Mas somos ucranianos. E nos preocupamos com o futuro. Não o futuro de uma nova Ucrânia, mas o futuro dos ucranianos. E eu exorto a deixar de lado a questão do futuro da Ucrânia, já que a Ucrânia não existe hoje. Não é um Estado adequado. Sou especialista em direito constitucional. A Constituição da Ucrânia diz que é uma social-democracia independente e soberana com o Estado de direito. Nada disso é verdade em seu estado atual. Não é independente ou soberano, pois está sob controle externo total do Ocidente — os EUA e o Reino Unido desde 2014. Não é um Estado social com o Estado de direito. Veja o que está acontecendo lá: a mídia está sendo banida sem se levar em consideração os procedimentos judiciais ou constitucionais aplicáveis. Aqueles que expressam opinião diferente são eliminados. Não é mais um Estado real. O Estado é inexistente. E isso porque suas políticas são baseadas no neonazismo adotado por Zelensky e sua camarilha." 

Regime sem lei: 'Não há nada além de instruções de Zelensky e seu círculo criminoso' 

Medvedchuk acrescenta que, enquanto essa for a ideologia do Estado, "simplesmente não é correto falar sobre o futuro deste Estado, é errado". Revela, também, que montou uma equipe de ucranianos insatisfeitos com Zelensky e seus asseclas. A ideia do grupo é debelar a narrativa ocidental, baseada fundamentalmente na russofobia e nos interesses bélicos e geopolíticos dos países do Ocidente. 

"Proponho falar sobre o futuro dos ucranianos. Ucranianos que ficaram no país e não concordam com a política de Zelensky. Ucranianos que tiveram que sair pelos motivos que mencionei anteriormente e agora vivem no exterior. Sua perspectiva de desacordo e confronto em questões políticas precisa de representação. Esse é o objetivo definido para a equipe que montei. Essa equipe está se expandindo a cada dia, ganhando novos apoiadores e aqueles que estão prontos para trabalhar em direção aos seus objetivos e explicar o que está destruindo a narrativa da ideologia ocidental que levou a essa histeria anti-Rússia e à bárbara russofobia. A ideologia que criou o 'anti-Rússia' na Ucrânia com seus valores, influência e pressão. Para destruir essa ideologia. Para isso, precisamos chegar à mente das pessoas. 

Mostre a eles a verdade e a realidade do que está acontecendo na Ucrânia hoje. E depois disso essas pessoas devem discutir seu futuro e exigi-lo. Mas isso só será possível depois que o Estado militarista acabar e depois que o país abandonar suas políticas neonazistas. Com a situação atual, nenhuma Ucrânia futura é possível. É irreal. E permanecerá irreal se a política atual for mantida. Mas é isso que Zelensky está tentando fazer, tentando colocar todo o Ocidente contra a Rússia e usar a Ucrânia para travar uma guerra no interesse do Ocidente. Porque a guerra na Ucrânia hoje não é sobre a Ucrânia. Trata-se dos interesses do Ocidente e é travada apenas no interesse do Ocidente. Precisamos deixar isso claro para as pessoas, precisamos mostrar a elas os fatos que provam isso." 

Ele acredita que é possível reverter o sentimento antirrusso entre os ucranianos e diz que já existem pessoas na Ucrânia que não o compartilham. 

"Não sei dizer quantos, mas tenho certeza de que essas pessoas existem. Elas têm medo de falar ou fazer qualquer coisa porque serão destruídas pela máquina repressiva, esse regime sem lei que desmantelou a democracia e o Estado de direito. Não há tribunais, não há nada além de instruções de Zelensky e seu círculo criminoso. Isso pode ser mudado se trabalharmos nisso e explicarmos as coisas para as pessoas. Aqui está um exemplo. Digamos que uma pessoa deixou a Ucrânia e veio para a Rússia. O que você acha que são as opiniões dela? Ela considera a Rússia um agressor? Claro que não. Antes de 24 de fevereiro, cerca de 2,5 milhões de ucranianos viviam na Rússia — estudando, trabalhando etc. Esses são dados oficiais. Você acha que eles ouviram Zelensky, deixaram a Rússia e voltaram para a Ucrânia? Talvez alguns deles tenham. Mas muito poucos. Os demais ficaram. E quantos milhões chegaram depois de 24 de fevereiro? Como? Eles foram forçados a fugir." 

'Fiz muito por aquele país' 

Medvedchuk demonstra certa mágoa por ter deixado a Ucrânia, nação à qual dedicou sua vida política. Também acusa Zelensky de manipular o sistema eleitoral para se perpetuar no poder, assim como manter seus aliados e correligionários. 

"Fiz muito por aquele país. Quando eu era funcionário do governo, quando era político. Não me considero um inimigo do povo ucraniano. Eles não teriam eleito um inimigo para o Parlamento. E fui eleito deputado quatro vezes. Cumpri quatro mandatos no Parlamento. Então isso pode ser feito. Precisamos reverter a tendência que começou em 2014 — a estratégia 'anti-Rússia', a escalada da histeria anti-Rússia e a russofobia grosseira. E podemos quebrar essa tendência, tenho certeza. Agora, quanto à sua observação sobre outro oligarca sendo eleito para o mais alto cargo, Estados realizam eleições. E já expliquei a você por que não há Estado na Ucrânia no momento. De que tipo de eleições podemos falar? Sim, ele pode agendar uma votação. Mas isso significaria apenas que ele se nomearia presidente e nomearia deputados de sua lista. Pessoas que ouvirão cada palavra sua e não pensarão no que ele está dizendo. E o mais importante, não pensarão criticamente sobre suas ações. Tudo é possível. Mas não é uma eleição. Sim, infelizmente alguns membros do nosso partido mudaram de lado e agora apoiam Zelensky, nosso inimigo. Mas isso não significa que devemos desistir. Como podem ver, não desisti. Talvez eu devesse apenas parar, considerando minha história e tudo mais que aconteceu na minha vida. Mas eu não vou desistir. Eu acredito que é possível. Não só isso, acho que deve ser feito." 

Um novo movimento político 

O agrupamento que o opositor ucraniano vem formando é uma tentativa de demonstrar que "Zelensky está, educadamente falando, errado".  

"Ele afirma que é apoiado por uma força consolidada do povo ucraniano, afirma que a Rússia deve ser destruída e o Ocidente deve fazer parte desse esforço. A isso eu digo: não, não é a imagem real. Devemos unir essas pessoas e descobrir o que elas realmente pensam. Por alguma razão, tenho certeza de que elas se opõem ao governo e a Zelensky. Esse movimento vai desmascarar o fato de que a Ucrânia tem apoiado de todo o coração Zelensky e seu regime criminoso. Esse é o nosso principal objetivo hoje. Quanto às ações específicas desse movimento social ou de seus representantes, isso depende, tenho certeza, de milhões de pessoas na Rússia, na Ucrânia, na Europa. São milhões de pessoas que discordam das políticas de Zelensky. Precisamos reuni-los. Eles precisam estar unidos por ideias comuns. Eles precisam estar unidos por uma representação comum. E então poderemos conversar e discutir o futuro da Ucrânia e sua contribuição específica para um futuro brilhante e sem problemas, como costumavam dizer. Admito, porém, que é uma batalha difícil." 

Por fim, evitar uma guerra nuclear 

Medvedchuk entende que o Ocidente está interessado (e preocupado) em um desdobramento do conflito que desencadeie uma guerra nuclear. 

"E acho muito valioso que eles tenham ouvido. Porque é meu ponto de vista também, que temos dois caminhos diante de nós hoje. Ou desarmamos a tensão, e isso é possível se os interesses de todos forem levados em consideração — Rússia e todos os outros países —, incluindo interesses de segurança. Ou aumentamos a tensão, o que pode levar a uma guerra mundial. Porque de que outra forma você pode chamar a situação atual, quando praticamente todos os 30 países da OTAN [Organização do Tratado do Atlântico Norte], incluindo aqueles que apenas aspiram a atingir esse alto status, estão enviando armas e equipamentos militares [...] para a plataforma de lançamento que o Ocidente, os EUA e o Reino Unido estão alugando de Zelensky. Por alguma razão, essa plataforma de lançamento é chamada de 'Ucrânia'. E tudo está acontecendo lá. De que outra forma você pode chamar isso? É por isso que estou falando sobre isso: porque tudo pode acabar em um conflito nuclear. Não podemos descartar isso. Visto que o Ocidente agora serve como um recurso obediente para Zelensky, que orienta os políticos ocidentais em seus apelos, instruindo-os sobre como levar seus países à pobreza, como ele ajudou a fazer na Ucrânia. Agora ele 'inspira' o Ocidente a travar uma guerra contra a Rússia, instando-o a destruir a Rússia. Eles devem entender ao que isso levará. Portanto não é apenas uma referência aleatória. É o meu ponto de vista, e eu o declarei abertamente." 

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