No G7, Brasil assina declaração conjunta sobre combate à fome
Documento foi assinado por chefes do Executivo de 15 países, além da União Europeia.
Lula foi convidado a participar do encontro dos países mais ricos, em Hiroshima, Japão. Foto: Ricardo Stuckert/PR |
Por Vitor Abdala - Agência Brasil
20/05/2023
O presidente da
República, Luiz Inácio Lula da Silva, assinou, em Hiroshima (Japão), na
madrugada deste sábado (20) – tarde de sábado no horário japonês – uma
declaração conjunta com propostas para garantir a segurança alimentar no mundo.
O documento foi assinado por chefes do Executivo de outros 14 países durante a
reunião de cúpula estendida do G7.
A Declaração de
Ações de Hiroshima para a Segurança Alimentar Resiliente tem o objetivo de
garantir políticas para erradicar a fome no mundo, com a oferta de
alimentos nutritivos, baratos e seguros e com processos agrícolas resilientes,
sustentáveis e inclusivos.
De acordo com nota
divulgada pela Presidência da República, os participantes da cúpula avaliam
que, no curto prazo, a pandemia de covid-19, os preços internacionais de
energia, alimentos e fertilizantes, os impactos das mudanças climáticas e os
conflitos como a guerra da Ucrânia ameaçam a segurança alimentar global.
A avaliação dos
participantes é que, no médio prazo, é preciso preparar os países
para prevenir e remediar de forma rápida as crises de segurança
alimentar no futuro. Em um horizonte de mais longo prazo, a intenção
é atingir a segurança alimentar global de forma resiliente, garantindo nutrição
para todos.
O documento foi
assinado pelos líderes de Brasil, Japão, Austrália, Canadá, Comores, Ilhas
Cook, França, Alemanha, Índia, Indonésia, Itália, Coréia do Sul, Reino Unido,
Estados Unidos, Vietnã e União Europeia.
Indonésia
Mais cedo, ainda na
noite de sexta-feira (no horário brasileiro), Lula se reuniu com o presidente
da Indonésia, Joko Widodo, com quem discutiu a preservação do meio
ambiente e a criação de um grupo internacional envolvendo os dois países,
além da República Democrática do Congo e outras nações
amazônicas para proteger as florestas tropicais. Essas três regiões reúnem as
maiores áreas deste tipo de vegetação em todo o planeta.
Segundo a Presidência
da República, os dois presidentes concordaram em relação à guerra
entre Rússia e Ucrânia e Widodo afirmou que o mundo precisa de
paz. O indonésio afirmou, de acordo com as informações do governo
brasileiro, que esteve no passado com os presidentes russo,
Vladimir Putin, e ucraniano, Volodymyr Zelensky, para discutir o
problema da segurança alimentar global com os dois países, grandes exportadores
de grãos.
Lula convidou
Widodo a visitar o Brasil e disse que países com grandes populações, como
Brasil e Indonésia, têm que se aproximar. O presidente
indonésio afirmou, segundo a Presidência, ter interesse em
aumentar as importações de produtos brasileiros, especialmente proteína animal.
Edição: Lílian Beraldo – Agência Brasil
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